Resumo: O objetivo deste projeto é analisar o processo de exploração da imagem da mulher brasileira com base no papel desenvolvido pela EMBRATUR, de modo a investigar como os discursos produzidos pela instituição podem ter contribuído tanto para criar uma ideologia que neutralizasse os ataques políticos à ditadura militar quanto para estruturar um mercado de bens e serviços simbólicos. A hipótese é que a divulgação do “Brasil destino”, por meio de uma sistemática exploração imagética, se vincula a necessidades dialeticamente combinadas tanto em nível político quanto econômico-estrutural, porquanto, ao fetichizar a mulher brasileira, o governo militar não só resolvia os impasses políticos e ideológicos instaurados pelo regime quanto criava condições para o desenvolvimento da indústria cultural no Brasil. Para isso, busca-se identificar possíveis mudanças na conduta das ações da EMBRATUR no tocante à exploração da imagem da mulher, tomando como referência os períodos de 1966 a 1968 (início do regime militar); 1968 a 1974 (período considerado pela historiografia como o de maior repressão); e 1974 a 1985 (período marcado pela transição ao regime democrático), bem como analisar o crescimento dos fluxos turísticos receptivos no Brasil (nacional e internacional) durante os três períodos do regime militar assinalados, de forma a estabelecer correlações entre o aumento da repressão, a divulgação de imagens estereotipadas e o crescimento do setor.

Coordenação: Alan Faber do Nascimento

Alunos envolvidos: Mariana da Conceição Alves; Thamiris de Oliveira Freitas  (Bolsistas de IC)

Financiamento: CNPQ/PIBIC/UFVJM

Data de início: 01/08/2015

Data de término: 31/07/2016