Projeto

1. Título

CAFÉ LITERÁRIO – A narrativa literária como fonte de conhecimento

2. Coordenador/a

Prof. Dr. Roberto Antônio Penedo do Amaral

penedo.amaral@hotmail.com

3. Equipe

Coordenadora do projeto: Prof. Drª. Rúbia Oliveira.

Coordenadores da equipe: Magno Saraiva
Léia Amorim

Equipe:
Acadêmicos: Higor Carvalho;  Léia Amorim; Magno Saraiva; Janaína Mendes; Lucas Sousa; Felipe Costa; Ana Cristina; Daniele Farias.

4. Introdução

O que é literatura? A perspectiva conceitual de literatura com que lidaremos para o desenvolvimento do Projeto de Extensão “CAFÉ LITERÁRIO – A narrativa literária como fonte de conhecimento” tem no pensador francês Roland Barthes (1915-1980) o grande fundamento. Ele afirma, em primeiro lugar, que não considera a literatura como comumente se admite: o corpus de um conjunto de obras, nem um ramo comercial cuja mercadoria são livros de gêneros específicos, e, muito menos, o ensino de uma determinada disciplina. Para o viés barthesiano, esse termo tem uma peculiaridade mais profunda, trata-se do “grafo complexo das pegadas de uma prática: a prática de escrever” (BARTHES, 2007, p. 16). Tal grafo complexo, ele chamará de texto, que nada mais é que o “tecido dos significantes que constitui a obra” (BARTHES, 2007, p. 16). O foco que Barthes dá ao texto advém do fato de ele o tomar como o autêntico manifestar da língua, tornando-se, portanto, o ambiente ideal para se travar o combate contra o poder nela manifesto, para ardilosamente dele desviar-se, “não pela mensagem de que ela é instrumento, mas pelo jogo das palavras de que ela é o teatro” (BARTHES, 2007, p. 16). Com isso, o semiólogo francês quer deixar patente que a possibilidade de escape ao poder, presente na literatura, não depende da postura política do escritor em sua vida civil, tampouco do sentido doutrinário que sua obra possa ter, mas essencialmente do exercício de deslocamento que ele efetua sobre a língua. Em outras palavras, a preocupação de Barthes reside na forma de como o texto literário se organiza, se configura, na busca por ludibriar a língua, constituindo-se, assim, num avesso do poder, ou, o que também é verdadeiro, no desvelamento do poder desde o seu avesso.
O deslocamento operado sobre a língua, mediante a configuração da forma que se consuma no texto literário, revelam as forças da literatura, entre a quais, Barthes destaca três: a Mathesis, a Mimesis e a Semiosis.
O termo grego mathesis tomado por empréstimo por Barthes, para empregá-lo como uma das forças da literatura, tem um sentido similar ao que o filósofo francês René Descartes (1596-1560) já utilizara no início da filosofia moderna, que se traduz nos seguintes termos: “o bom método é aquele que permite conhecer verdadeiramente o maior número de coisas com o menor número de regras” (CHAUI, 1996, p. 77, grifo da autora). Em razão disso, tal método deveria sempre ser considerado matemático, ou seja, “tomado no sentido grego da expressão ta mathema, isto é, conhecimento completo, perfeito e inteiramente dominado pela inteligência” (CHAUI, 1996, 77).
Mutatis mutandis, é por um viés aproximado que Barthes afirma que “A literatura assume muitos saberes” (BARTHES, 2007, p. 17). Tomando como exemplo o romance Robinson Crusoé, do escritor inglês Daniel Defoe (1660-1731), Barthes ressalta nessa obra a presença de saberes diversos, como, o histórico, o geográfico, o social, o botânico, o antropológico. Num tom visionário, enaltecendo a força da Mathesis literária, o semiólogo francês declara que, se por alguma inexplicável razão, todas as disciplinas tivessem que ser extintas do ensino, com a exceção de uma só, esta deveria ser a literatura, “pois todas as ciências estão presentes no monumento literário” (BARTHES, 2007, p. 17).
Marilena Chauí apresenta a expressão grega Mimesis, com os seguintes significados: “Imitação, ação de imitar, representação, ação de reproduzir, de figurar” (CHAUI, 2002, p. 506). É justamente como representação que Barthes vai afirmar a segunda força resguardada pela literatura. Para ele, desde seus primórdios até no que há de mais inovador em suas formas de expressão na contemporaneidade, se há um esforço permanente da literatura, esse é o de representar algo, é o de valer por alguma coisa. E que “algo” é esse ou que “alguma coisa” é essa que a literatura teima em querer representar? Barthes não titubeia em responder de forma direta: o real! “O real não é representável, e é porque os homens querem constantemente representá-lo por palavras que há uma história da literatura” (BARTHES, 2007, p. 21). É diante da impossibilidade de representação do real que a literatura investe insistentemente. Muito mais que isso: a vã luta empreendida por essa arte da palavra no afã de apreender e figurar o real é que faz da literatura o que ela é: a arte do impossível, “Que não haja paralelismo entre o real e a linguagem, com isso os homens não se conformam, e é essa recusa, talvez tão velha quanto a própria linguagem, que produz, numa faina incessante, a literatura” (BARTHES, 2007, p. 22).
O movimento de teimar e deslocar-se realizado pela literatura consubstancia-se, então, segundo Barthes, num ardiloso método para jogar com os discursos do poder. Em outros termos, desde um artifício lúdico, no que essa palavra de tem de mais profundo , a literatura brinca de “esconde-esconde” com todo e qualquer tentame de aprisioná-la num reducionismo, de enquadrá-la numa taxionomia, de domesticar a sua irascibilidade, “Assim não devemos espantar-nos se, no horizonte impossível da anarquia linguageira – ali onde a língua tenta escapar ao seu próprio poder, à sua servidão –, encontramos algo que se relaciona com o teatro” (BARTHES, 2007, p. 27).
Tal jogo empregado pela literatura nada mais é que a sua terceira força, nomeada por Barthes como Semiosis, cujo funcionamento traduz-se em “jogar com os signos em vez de destruí-los” (BARTHES, 2007, p. 27, grifo do autor). Tal afirmação vem ao encontro do que já foi dito anteriormente, a saber, a alternativa que a linguagem encontra para escapar aos ditames dos discursos do poder não se efetiva fora da língua, mas em seu próprio âmbito, ou seja, trapaceando com a língua para trapacear a língua. Daí Barthes ter dado o nome para tal trapaça de literatura, a arte de jogar com os signos que constituem determinada língua. Jogar com os signos, nesse sentido, significa “colocá-los numa maquinaria de linguagem cujos breques e travas de segurança arrebentaram, em suma, em instituir no próprio seio da linguagem servil uma verdadeira heteronímia das coisas” (BARTHES, 2007, p. 28).

5. Justificativa

A justificativa do Projeto de Extensão “CAFÉ LITERÁRIO – A narrativa literária como fonte de conhecimento” pauta-se nas três forças da literatura teorizadas por Roland Barthes, e por nós problematizadas na introdução, quais sejam, a Mathesis, a Mimeses e a Semiosis. Em outras palavras, o desenvolvimento do presente projeto tem em vista a apresentação e o debate de obras literárias, de gênero narrativo, de autores representativos da literatura brasileira e universal, com o fito de compreender a matéria literária de gênero narrativo como fonte de conhecimento, como imitação do real e como deslocamento da linguagem em seu combate às diversas manifestações do poder.
Para tal fim, destacamos também os três momentos da mimese da literatura discutida pelo hermeneuta francês Paul Ricouer (1915-2005), em sua obra Tempo e narrativa (tomo 1, 1984). A mimese I, nomeada por ele de prefiguração, diz respeito aos elementos constituidores da obra literária, ou seja, todos os aspectos circunstanciadores que engendrarão a narrativa em sua forma escrita. A mimese II, também chamada de configuração, indica que, a partir de todos os elementos indiciadores, a narrativa escrita foi construída, conformando-se em obra literária. Por fim, a mimese III, a refiguração, traz à tona as implicações proporcionadas pela fusão de horizontes estabelecida pelo encontro entre o mundo da obra e o mundo do leitor.
A nosso ver, a perspectiva de formação crítica proporcionada pela leitura de obras literárias reside justamente na mimese III, na refiguração, que nada mais é que o esforço do leitor em referenciar o texto literário lido ao seu mundo vivido. Desse complexo enleio, certamente, resultarão comparações entre o real e o fictício, culminando em reflexões sobre a não coincidência entre a realidade dada e a realidade possível, provocando no (a) leitor (a), necessariamente, lumes de criticidade.
Por fim, destacamos um terceiro aspecto que fundamenta este projeto, qual seja, o que reivindica o caráter transformador provocado pela leitura de obras literárias.
O crítico literário francês, George Steiner, em “Alfabetização humanista”, um dos ensaios que compõem a obra Linguagem e silêncio (1988), faz a seguinte advertência: “Quem leu A metamorfose de Kafka e consegue se olhar no espelho sem se abalar, talvez seja capaz, do ponto de vista técnico, de ler a palavra impressa, mas é analfabeto no único sentido que importa” (STEINER, 1988, p. 29).
Cremos que a declaração de Steiner fale de per si, no entanto, não nos custa nada explorá-la em suas minudências.
A menção que o crítico faz à clássica obra do escritor tcheco Franz Kafka (1883-1924), A metamorfose, evidencia que não é qualquer obra literária que pode ser considerada como “monumento literário”. Em outras palavras, as obras literárias que, de fato, podem causar o estranhamento descrito na frase de Steiner, são aquelas cuja linguagem está impregnada das três forças barthesianas da literatura: a) a Mathesis, que faz do texto literário ta mathema, ou seja, um método inequívoco na busca pelo conhecimento amplo, profundo e perspectivo dos âmbitos humano e mundano; b) A Mimesis, que faz da literatura a arte do impossível, ou seja, uma busca incansável de representar a realidade da condição humana e mundana por meio da linguagem escrita e, c) A Semiosis, que se converte no generoso, mas desafiador convite do texto literário ao (à) leitor (a), para que este (a) se enrede e, ao mesmo tempo, busque interpretar os equívocos e heterônimos signos que o engendram. A metamorfose é, com certeza, uma obra em que as três forças da literatura preconizadas por Barthes estão presentes de maneira soberba.
Steiner fala também sobre a nossa capacidade de olharmo-nos no espelho sem nos perturbarmos, após ter tomado conhecimento da desventura de Gregor Samsa, o protagonista de A metamorfose, “Quando certa manhã [...] despertou, depois de um sono intranqüilo, [e] achou-se em sua cama convertido em um monstruoso inseto” (KAFKA, 1989, p. 23). Para o crítico francês, tal capacidade só pode advir de uma condenável disposição do ser humano, a de permanecer na analfabetização humanista. Sim, é verdade, podemos passar olhos por uma obra literária e ter com ela apenas uma relação decodificadora, ou seja, realizar apenas uma leitura técnica sobre as palavras nela impressas, o que se converte numa relação completamente superficial entre o mundo do leitor (a) e o mundo do texto. Certamente isso não nos afetará em nada. Poderemos olhar outra vez nosso rosto no espelho e não veremos mudança nenhuma, a não ser… as superficiais.
Por outro lado, ler com a devida atenção e cuidado que uma obra como A metamorfose requer, segundo Steiner, implica, para nós, leitores (as) arriscar-se em demasia, pois significa “tornar vulnerável nossa identidade, nosso autodomínio” (STEINER, 1988, p. 29). Nesse sentido, ao olharmo-nos no espelho, após tal leitura, já não nos reconheceremos, pois a imagem refletida encontrar-se-á desfigurada, opaca, carente de uma forma exata. Já não nos identificaremos conosco mesmo, pois não há mais coincidência entre a nossa aparência e o nosso íntimo, “Assim deveria ser quando temos nas mãos uma importante obra literária [...]. Pode vir a nos possuir tão completamente que, por um momento, permanecemos com medo de nós mesmos e em um estado de imperfeito reconhecimento” (STEINER, 1988, p. 29).
Que outra tradução podemos dar a esse efeito provocado em nós pela leitura de uma obra literária senão o da transformação a que ela nos lança. Transformação de visão de mundo, mudança de perspectiva de como nos vemos a nós mesmos e aos nossos pares. É certo, isso deve causar algum medo, deve despertar em nós algum temor, afinal de contas, trata-se de um vertiginoso estranhamento, mas isso não será já um prenúncio de que algo está realmente para mudar?

6. Objetivo

Geral

• Apresentar e problematizar obras literárias de gênero narrativo, de autores representativos da literatura brasileira e universal.
• Provocar os participantes à leitura e ao debate das obras literárias apresentadas e problematizadas.
• Difundir a leitura de obras literárias de gênero narrativo.
• Realização de oficinas de criação literária, com o objetivo de formar leitores atentos e críticos e proporcionar oportunidades de exercício de criatividade literária de gênero narrativo.

Específicos

• Tornar o Projeto de Extensão “CAFÉ LITERÁRIO – A narrativa literária como fonte de conhecimento” um espaço de articulação e integração entre a UFVJM e a comunidade não acadêmica de Diamantina.
• Fomentar o hábito da leitura de obras literárias, de gênero narrativo, de autores representativos da literatura brasileira e universal.
• Oportunizar exercício da criação literária de gênero literário.

7. Metas

O Projeto de Extensão “CAFÉ LITERÁRIO – A narrativa literária como fonte de conhecimento” possui caráter absolutamente extensionista e não estabelece qualquer tipo de ônus sobre os participantes, pois uma de suas principais metas é propiciar ao interessado o acesso a este bem cultural, a literatura. O papel da universidade pública, nesse contexto, é estimular o debate e a formação de opinião, as discussões decorrentes da apresentação e da problematização da obra literária, visando, como impacto social direto, a formação de público leitor, atento e crítico, de obras literárias de gênero narrativo.
Também cabe frisar que o projeto visa a utilização de espaços culturais da cidade de Diamantina como forma de estreitamento das relações institucionais entre a UFVJM e a sociedade organizada diamantinense. Nesse sentido, O Projeto de Extensão “CAFÉ LITERÁRIO – A narrativa literária como fonte de conhecimento”, será desenvolvido no MUSEU DO DIAMANTE, órgão vinculado ao IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus, em parceira firmada com a atual direção do referido órgão. O caráter interinstitucional aqui se acentua como meta, ampliando a visibilidade social tanto do projeto quanto das instituições envolvidas na sua realização, a saber, a UFVJM e o MUSEU DO DIAMANTE, órgão vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM.
O MUSEU DO DIAMANTE localiza-se na Rua Direita, 14, no centro de Diamantina, Minas Gerais.

8. Metodologia

O Projeto de Extensão “CAFÉ LITERÁRIO – A narrativa literária como fonte de conhecimento” se realizará a partir da seguinte metodologia:
a) Quinzenalmente, sempre aos sábados e no período vespertino, das 15:00h às 18:00h, nas dependências do MUSEU DO DIAMANTE, ocorrerá uma edição do Café Literário, com a apresentação e problematização de uma obra literária de gênero narrativo, de um autor representativo da literatura brasileira ou universal, por parte de um convidado, que terá até sessenta minutos para sua exposição.
b) Após a apresentação e problematização da obra por parte do convidado, o público é provocado a participar do debate, a partir da mobilização realizada pelo coordenador da edição do Café Literário.
c) O Café Literário aceitará envio de propostas para a apresentação e discussão de obras literárias, desde que estejam em consonância com os princípios de objetivos do projeto, sobretudo, que sejam obras literárias de gênero narrativo, e de qualidade reconhecida criticamente. Além disso, a apresentação de propostas estará submetida à disponibilidade de datas no cronograma anual do projeto.
d) Uma vez a cada semestre, o Projeto CAFÉ LITERÁRIO realizará uma oficina de criação literária de gênero narrativo, realizada por escritor convidado. Cada oficina terá a duração 8 horas, e se realizará sempre aos sábados, em período integral, ou seja, das 8:00h às 12:00h e das 14:00h às 18:00h. Os temas a serem desenvolvidos em cada oficina serão: a) a voz narrativa; b) o processo criador, e c) a construção da personagem.
e) No intervalo das apresentações e discussões das obras literárias será servido café com pão de queijo e biscoitos, oferecido pelo Meio Tom Bar, em apoio ao Projeto Café Literário.

9. Participação de Estudantes

O Projeto de Extensão “CAFÉ LITERÁRIO – A narrativa literária como fonte de conhecimento” prevê a participação, inicial, de três estudantes da UFVJM.
A participação dos estudantes se realizará mediante as seguintes atividades:
• Confecção de cartazes (impresso e virtual) para divulgação de cada edição do Café Literário.
• Auxílio ao coordenador na realização de cada edição do Café Literário.
• Cobertura fotográfica e fílmica de cada edição do Café Literário.
• Manutenção do site http://www.ufvjm.edu.br/site/cafeliterario/.
• Alimentação do blog http://www.ufvjm.edu.br/site/cafeliterario/.
• Comunicação com os visitantes com os visitantes virtuais do Café Literário via e-mail cafeliterario2012@gmail.com.
• Participação nas reuniões de avaliação.

10. Acompanhamento e Avaliação

O acompanhamento de avaliação do desenvolvimento do Projeto de Extensão “CAFÉ LITERÁRIO – A narrativa literária como fonte de conhecimento” far-se-á mediante os seguintes procedimentos:
• Reuniões mensais da equipe para avaliação das edições e das oficinas do Café Literários realizadas, com a participação de representante da instituição parceira.
• Acompanhamento quantitativo e qualitativo da participação do público às edições do Café Literário, mediante a utilização de fichas de frequência e de avaliação.
• Acompanhamento qualitativo das edições do Café Literário, por parte dos expositores, mediante preenchimento de ficha de avaliação.
• Registro fotográfico e fílmico de todas as edições do Café Literário.
• Acompanhamento criterioso da realização do projeto de trabalho do bolsista.

11. Referências Bibliográficas

BARTHES, Roland. Aula – Aula inaugural da Cadeira de Semiologia Literária do Colégio de França. [trad. Leyla Perrone-Moisés]. São Paulo: Cultrix, 2007.
CHAUI, Marilena. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. 2 ed. São Paulo: Companhia da Letras, 2002.
CHAUI, Marilena. Filosofia Moderna. In: Primeira filosofia – aspectos da história da filosofia. OLIVEIRA, Armando Mora de (et alli). São Paulo: Brasiliense, 1996. p. 60-108.
KAFKA, Franz. Um artista da fome e A metamorfose. [trad. Torrieri Guimarães]. Rio de Janeiro, Ediouro, 1989.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa (tomo 1). [trad. Constança Marcondes César]. Campinas-SP: Papirus, 1994.
STEINER, George. Linguagem e silêncio – Ensaios sobre a crise da linguagem. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

Diamantina-MG, 20 de abril de 2012.